sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Não acredito em templos

Última postagem: Levantem as Bandeiras, a todo o Pano!





Não acredito em templos




Uma vez perguntaram a Jesus onde era o lugar correto para se adorar a Deus. Quem fez essa pergunta foi uma mulher, samaritana, que não pertencia à "religião oficial" da época. Os judeus consideravam os samaritanos idólatras e impuros. Ela tão pouco teria, aos olhos dos moralistas, uma vida "santa" e "irrepreensível" para se aproximar e fazer tal questionamento ao Senhor, pois se tratava de uma mulher que já havia passado por cinco casamentos e o atual marido, bem... não era de fato marido dela. Um escândalo até mesmo para os discípulos de Jesus que achavam inapropriada aquela conversa.

A resposta de Jesus foi simples: sugerindo não se tratar do lugar físico/geográfico. A adoração a Deus deve ser pessoal, interior, espiritual e sincera.

A primeira coisa que salta aos olhos de quem lê o relato completo do Novo Testamento é que Jesus quebra muitos paradigmas, a começar por tirar da religião e do templo a exclusividade da mediação e do relacionamento com Deus. Nossa oração e adoração não dependem de um altar construído para serem ouvidas. O altar, o templo, o lugar de culto é o próprio coração.

A segunda coisa é que, diferentemente da tendência da religião de dizer quem é puro ou não, quem é mais especial, Deus não nos avalia por questões meramente morais ou sociais. Foi Jesus mesmo quem disse que prostitutas e corruptos poderiam ser mais dignos de entrar no Reino de Deus do que alguns que se consideram exclusivamente santos, mas vivem de forma hipócrita (Mateus 21.31).

O encontro com Deus é transformador, sim. E radical. Mas nem por isso acontece somente nos ambientes ou dias santificados pela igreja ou pelas religiões dos homens. Particularmente não acredito em templos ou em religiões como lugares e entidades sagrados em si mesmos. Acredito no Deus que não cabe dentro das religiões, não é totalmente explicado pela razão humana, ri dos tratados teológicos, não se detém nos limites impostos pelas tradições vazias. Ele conversa com ateus, pagãos e também faz amizade com quem é considerado "afastado de Deus". Deus é maior do que a própria Bíblia ou qualquer outro livro sagrado. Livros são confissões humanas, limitados, mas a Palavra de Deus é eterna e pode ser escrita até mesmo nos corações de quem não sabe ler, de quem não tem acesso ao papel.

O Deus apresentado por (e em) Jesus é o Deus que ama até as últimas consequências, que entende a aflição humana, se comunica multiformemente, que se compadece ao invés de condenar. É o Deus que tem mais prazer na reconciliação do que na condenação e não leva em conta o tempo da ignorância.

"Misericórdia quero" é o que Deus grita enquanto a religião vocifera "morte aos impuros".

Vejo uma multidão esquecida, adoecendo nos arredores da igreja. É gente que não encontrou abrigo, não foi acolhida, foi expulsa e considerada "fora dos padrões". Muitas vezes projetamos no outro o santo que não conseguimos ser e dizemos "enquanto você não se tornar como um de nós, não será aceito em nosso meio". Muitos, a partir desse ponto, decidem viver uma vida apenas de aparências, sem transformação real, simplesmente para serem "aceitos".

Nos esquecemos que quem santifica e transforma é Deus e não nossas imposições, arrogâncias e externalidades. É a caminhada, o dia a dia, que vai nos tratando, curando, limpando as feridas, trabalhando e completando a obra de Deus em nós. Não é no tempo que queremos, mas na compreensão e confiança de que quem opera tanto o querer como o realizar é Deus.

Neste sentido, até mesmo numa conversa de mesa de bar, Deus pode operar com graça, curar e inflamar corações cansados e sobrecarregados. Por que não? Os religiosos de hoje torcerão o nariz da mesma forma como fizeram os fariseus do tempo de Jesus, quando o acusaram de andar com pecadores. Mas Deus trabalha sem se importar com o que falam. Enquanto uns ordenam, outros decretam e outros ainda profetizam suas impressões puramente carnais e humanas, o Senhor vai dando vista aos cegos e ouvidos aos surdos que estão fora dos domínios dos templos.

Nenhuma religião é dona de Deus. Nenhum sacerdote é detentor exclusivo da voz de Deus. Nada que não se pareça com o amor ou com o espírito de Jesus pode ser chamado de Evangelho ou Bíblico, ainda que dito e ordenado pelas grandes instituições religiosas. Pense nisso!



O Deus que ama e fala com pecadores te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!



              
Por:



Nota importante:
Jesus ensinou a dar de graça o que recebemos de graça. Se esta mensagem, de alguma forma, lhe fez bem, então provavelmente ela poderá fazer bem para outras pessoas que você conheça. Gostaria de sugerir, se não for constrangimento para você, que compartilhasse e encaminhasse este e-mail para o seu círculo de amigos e conhecidos. Fazendo isto você potencializa, em muito, o alcance da Palavra que já fez tanto bem aos nossos corações.
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sábado, 22 de setembro de 2012

Levantem as Bandeiras, a todo o Pano!!!

Última postagem: Agindo com sabedoria, Retratos Antagônios de uma mesma instituição.


Na série de Filmes, Os Piratas do Caribe que apesar dos devaneios existentes conquistou multidões de telespectadores talvez pelo carisma do personagem interpretado por Johnny Depp a fantástica figura do capitão Jack Sparrow, famoso pela capacidade de reverter situações desfavoráveis de formas incríveis e também por suas frases ou deduções lógicas ou ilógicas (depende de que se entenda o ponto de vista), entre as quais poderia lembrar:

- "Nos desonestos pode-se sempre confiar na desonestidade. Honestamente, os honestos é que deviam ser vigiados, pois nunca se sabe quando farão alguma coisa realmente estúpida."

- Tesouros não são apenas ouro e prata, amigo.

- Uma mentira só é uma boa mentira quando até você acredita nela.

-  “Se não tem sobreviventes, então quem conta as histórias?”

 Mas não é para falar do "pensador" Jack Sparrow que resolvi escrever esse texto, foram os acontecimentos últimos que tenho vivenciado, só falei do Jack porque esses acontecimentos trouxeram-me a memória um jargão de Jack dito por ele em todos os filmes:

Icem as Velas, a todo o Pano!

O que me fez lembrar-se desta frase são as bandeiras que agitam as casas e  carros nessa época de eleições, as pessoas "levantaram as bandeiras de seus candidatos a todo o pano", ou seja, não medem escrúpulos para tal, não se importam com possíveis consequências dos seus atos hoje, e se preciso for brigam com os adversários de opinião!

O que mais me entristece e já aconteceram com duas clientes minhas com seus filhos na faixa etária de 3 a 4 anos, as mães:

- Diz pro Tio que você é 45, diz!

E a criancinha sem a menor consciência do que isso quer dizer diz:

- Calenta e xinco!

Não pelo fato de ser o 45, podia ser qualquer partido, o que me entristece é as pessoas cegas levantarem bandeiras, defenderem com unhas e dentes, agredirem com palavras, sem buscar pelo menos uma qualidade nos adversários!

Quer aderir de forma fanática, estúpida e que beira ao retardamento mental tudo bem, mas daí a ensinar as crianças a seguir pelo mesmo caminho é monstruoso!

Por quê?

 Ninguém que seja contra suas ideologias políticas presta! Ideias nem são ouvidas!

Três dias atrás a Veja que foi uma das maiores responsáveis pela denúncia do Mensalão, que foi praticamente um golpe de Estado, sendo considerado o maior golpe de corrupção "na história desse país," trouxe a luz novas denúncias do então operador do Mensalão Marcos Valério, sugerindo não somente que era do conhecimento do então Presidente na época o Lula, como seria ele mesmo o verdadeiro chefe do Mensalão, que mais uma vez friso foi o maior escândalo de corrupção "na história desse país." Os Petistas negaram e negam veementemente, mesmo diante dos fatos e provas que houve o tal Mensalão, Lula o maior defensor dessa teoria, a de que o Mensalão não existiu, agora se vê enlameado juntamente com seus "cumpanheiros" e após a reportagem de Veja desse 19 de setembro onde ele e delatado como chefe do Mensalão, preferiu não se manifestar...

E os que levantam as bandeiras do PT a todo pano, que sempre acreditaram na inocência de Lula e seus cupinchas, será que dessa vez abrirão os olhos à medida que as condenações acontecem no Julgamento do Mensalão?

A resposta infelizmente é não!

É mais difícil treinar um cão fazer malabarismos do que fazer correligionários levantarem as bandeiras a todo o pano. O cão o faz pela recompensa, o correligionário só por que lhe é ordenado!


Mesmo que a verdade esteja diante dos olhos de pessoas assim, elas não enxergam!

Talvez no dia em que o Sargento Garcia prender o Zorro isso aconteça, ou melhor, no dia em Jack Sparrow seja pendurado numa forca e não possa mais dizer:

- Icem as Velas, preparem os canhões, a todo Pano!



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

AGINDO COM SABEDORIA - Retratos Antagônicos de uma mesma Instituição

Última postagem:  Apenas, ou " A 'penas' o Cantor"




A Lição bíblica desse domingo falava sobre a "Divisão Espiritual no Lar", estava eu lá no O Balido (sempre vou lá) lendo o comentário tecido pelo Pr. Judson Canto quando li algo que me chamou a atenção, o Pr. dizia que um de seus filhos se diz ateu, e embora os dois no momento possuam opiniões tão divergentes sobre Deus, relata o Pr. que o "Amor e a Cordialidade entre eles Nunca foram alterados"

Mas não foi o fato de o Pr. ter um filho que se declara ateu que me chamou a atenção, e sim a atitude do Pr. e pai, (ou pai e Pr.) em relação ao comportamento de seu filho.

O fato de ele ser ateu não me chamou a atenção tendo em vista que eu mesmo durante muitos anos fui e acabei com uma Bílbia na mão confessando o Sr. Jesus como único e suficiente Salvador.

Mas a atitude do Pr. Judson em relação a essa situação é digna de reflexão, ainda mais em dias que a imagens dos líderes espirituais da igreja é arranhada pelos mais variados escândalos, e cada vez mais membros se decepcionam com seus pastores e esses por sua vez tentam a todo custo preservar sua imagem como líderes exemplares em tudo. 

Vale ressaltar que muitos membros tem uma visão distorcida do que é ser um Pastor, eles olham para esses homens como perfeitos mensageiros de Deus, imaculados e incapazes de cometer erros. E quem lê a Bíblia sabe que eles são homens falhos e sujeitos a erros e imperfeições, o que não diminue em nada seu valor diante de Deus quando estes tem um coração contrito e derramam-se na presença de Deus.

Mas como eu dizia, chamou-me a atenção a atitude do Pr. Judson, por fazer-me recordar de uma das heranças neuróticas da igreja que tinem nos templos assembleianos e similares por aí afora.

Pr Judson diz:
Eu mesmo tenho um filho que se declara ateu
- No entanto, o amor e a cordialidade entre nós nunca foram alterados.

Agora rela o que uns três anos para cá vi, ouvi, pasmei e fiquei enojado.

No último campo em que congreguei, antes da emancipação durante a última reunião foi abordado um tema (além do tema da emancipação) que sugeria uma situação semelhante a vivida entre o Pr. Judson e seu filho, ou seja filhos que não tem um comportamento que sugere a igreja seja adequado para um filho de obreiro, e como já citado no texto do próprio Judson, se afirmava veementemente que "tudo se resumia a sujeitá-los".

Para ser mais exato e preciso, vou relatar como surgiu o assunto:

O Pr. Presidente do Campo, de posse da palavra disse que estava preocupado com as vestimentas (tema batido) que haviam surgido na última moda e que eles deveriam ali em conjunto decidir que atitudes tomar.
 O que acontecia era que haviam surgido as "legs" ou "veste legs" que de cor escura e coladas ao corpo as jovens usavam por baixo de suas saias.
O Pr. dizia que não se toleraria tal comportamento, e perguntou o que se deveria fazer (como sempre retóricamente)
Depois de algum zum-zum-zum ele mesmo (como sempre) deu a resposta para a sua pergunta, tais jovens seriam disciplinadas!

Os escribas e fariseus, ops, digo, os obreiros favoráveis ao Pr. uns por compartilharem a mesma crença outros por puxa-saquismo aproveitaram para estender o assunto a outras variáveis como os jovens jogarem futebol e etc. Ao que um dos obreiros levantou e perguntou:

- Então pastor, e no meu caso que meu filho é de maior, trabalha, sustenta-se financeiramente sozinho e ainda ajuda nas despesas da casa?

Sabe qual a "sábia" resposta do então Pr. Presidente?

- Bota prá fora de casa! Enquanto estiver debaixo do seu teto, tem que se sujeitar ao que você impõe!

Mas o que me deixou mais triste do que essa declaração, foi ouvir alguns brados de glórias e aleluias diante dessa resposta do Pr., e ao final da reunião muitos elogiarem o "pulso firme" do principal condutor de tão delicado rebanho...

Então foi que levantou um presbíto e com os olhos faíscando questionou:

- Tá Pr. e os obreiros que tem TV em casa como é que fica? Se os membros vão para a disciplina e o obreiro que tem que dar o exemplo?

Responde o Pr.:

- Não prega mais, aliás não é para chamar nem para fazer uma oração!

- E o cidadão sentou com um sorriso de satisfação na face e os olhos agora brilhando, e é claro dando glórias!



Arrumei alguns desafetos naquele dia ao dizer que tal reunião me lembrou em muito as dos fariseus procurando os erros para com prazer condenar.


Disse ainda que estava aliviado por ser a última reunião naquele campo, visto que emacipávamos, por outro lado fiquei pesaroso ao pensar nos fardos pesados e difíceis de levar atados e postos as costas da frágil membresia que ali ficava sujeita a tirania de um déspota espiritual. 

Por aí vemos um despreparo por parte da liderança, e não raras vezes já vi quando nas lições bíblicas são feitas tentativas de corrigir esses conceitos absurdos que a igreja herdou por tradição e não por embasamento nas Sagradas Escrituras, que mesmo com muito embasamento bíblico, tais líderes literalmente distorcem-na a seu bel prazer...

Parece que a tradição vale mais que a própria Bíblia.

Quanto a mim, campo emancipado, liderança nova, templo novo e velhos e absurdos erros...

Não deu mais...

Como dizia o saudoso Irmão Jacó lá de Correia Pinto:

- Arrancaram a lã e ainda estão arranhando o couro das pobres ovelhas...



segunda-feira, 7 de maio de 2012

Apenas ou "A penas", "o Cantor"

Última postagem: Sorrisos Decorrentes da Páscoa.











Eu antes de conhecer a Cristo sempre estava com um amigo meu que tocava violão e cantávamos nas “cachaçadas” da vida que levávamos; depois que me converti tive esse desejo de cantar, arrisquei uns playbacks em algumas pequenas congregações, um dia comprei um violão decidido a aprender a tocar, chamei um amigo meu que se converteu praticamente junto comigo e sabia tocar violão, para que ele me instruísse qual o tom deveria ser o das notas para que combinasse com minha voz, lembro como se fosse hoje era a canção dos Herdeiros do Reino; “Ser ou não ser” e ele me disse:

– A tua voz só dá “dó”; eu disse:

- Em dó?

Como éramos muito amigos ele me disse não só dá “dó” sentimento mesmo, e me disse carinhosamente “aproveitando o gancho” que essa não era a minha praia…

Depois que eu parei e prossegui pregando, muitos irmãos perguntavam:

- Sim o irmão não canta mais?

Eu respondia que estava deixando para os que realmente têm talento para isso, e que não eram poucos, e os mais chegados diziam:

- Olha que benção, porque sinceramente o irmão não cantava nada…

Mas precisei que alguém me abrisse os olhos, pois para mim estava tudo bem, depois disso um dia resolvi fazer uma gravação minha cantando e ouvi depois, que coisa mais terrível…

E com certeza a igreja agradece até hoje eu abandonar ainda na precocidade meu “talento” musical.