sábado, 27 de março de 2010

CASAL NARDONI É CONDENADO PELA MORTE DE ISABELLA




 

Após cinco dias de julgamento, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella, foram condenados a prisão pela morte da menina, então com 5 anos. O pai recebeu pena de 31 anos, um mês e dez dias, enquanto a madrasta foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão.
O casal Nardoni vai cumprir a sentença em regime fechado. Eles foram condenados por homicídio triplamente qualificado, por usarem meio cruel, dificultarem a defesa da vítima e tentarem esconder o crime anterando o local.

Durante esta sexta-feira, acusação e defesa apresentaram suas teses para o júri popular, composto de 4 mulheres e 3 homens, no Fórum de Santana, zona norte de São Paulo. Nas primeiras horas deste sábado, o juiz anunciou a sentença com a condenação dos réus.

O crime chocou a nação devido a crueldade do mesmo, por se tratar de uma criança de apenas cinco anos e principalmente pelo fato de o próprio pai ser um dos autores. Agora quase dois anos depois do crime mais uma vez todos ficam chocados com a frieza demonstrada pelos réus, que agem como vítimas e negam com veemência mesmo diante dos fatos apresentados pela promotoria de acusação.Fica para nossa reflexão a capacidade humana, para tanto o ato como a negativa de tê-lo feito.
E quantos casos semelhantes a este estão sem solução, pelo fato de não terem chamado a atenção da mídia? Nesses dias em que as pessoas são amantes de si mesmas, levantemos um clamor ao Senhor por misericórdia, pois a humanidade está no ápice da crueldade. 

sexta-feira, 26 de março de 2010

CASO ISABELLA E O PASTOR...




Uma cena inusitada chamou atenção dos populares que fazem campana em frente ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, onde há quatro dias ocorre o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá; um senhor de terno e gravata com uma Bíblia na mão, sim; isso mesmo um Pastor; até então de origem denominacional desconhecida, começou a em voz alta pregar o perdão, além de dizer que as pessoas não deviam condenar o casal antecipadamente, foi o sermão mais curto da sua vida, posto que foi rapidamente cercado pelos populares que já revoltados passaram a questionar sua “pregação”; antecipando o que poderia vir a fazer a multidão de populares ante a pregação do Pastor, a Policia Militar teve que retirá-lo e levá-lo para uma entrada lateral do Fórum (segundo Juliana Cardilli), onde ao que tudo indica desistiu de pregar para aquela multidão enraivecida ou deu-se por satisfeito com seu desempenho em tal ato.

Na página onde li, e havia sido postada as 13:44 hs, li as 17:00 hs mais ou menos já haviam sido feitos 315 comentários!

Pergunto? Pergunta?

Agiu de maneira correta tal Pastor?
Foi mais um que expôs o Evangelho ao ridículo?
Foi mais um que queria aparecer?
Que faria Jesus em tal situação?

Como cristãos temos que parar para meditar na capacidade humana para o pecado, o juízo e a justiça manifestos nesse caso.

Acabo de pensar que enquanto eu estava deitado confortavelmente em meu box bem caro por sinal e navegando na internet onde li tal noticia, algumas pessoas como esse Pastor resolveram fazer alguma coisa. O que culminou por me inspirar a escrever tal texto.

Se ele agiu corretamente, posso ponderar no fato que realmente as pessoas não devem julgar e condenar precipitadamente, porém penso que foi inconveniente o local e hora por ele escolhidos.
Isso partindo do pressuposto de que ele foi lá com sinceridade de coração.

Querendo ou não acabou por colocar os evangélicos nas rodas de escarnecedores, seja para criticá-los ou zombarem.

Querendo ou não acabou por “aparecer”.

Não há registro bíblico de que Jesus tenha se envolvido em uma situação parecida, no entanto, certamente nos seus três anos de ministério ocorreram julgamentos e condenações, mas não há registros de sua presença neles.

Há um registro digno de nossa atenção, o texto da mulher apanhada em flagrante de adultério.

Eles chamando-o de Mestre expuseram a situação:

Esta mulher foi apanhada no próprio ato adulterando, e na lei nos mandou Moisés que tais sejam apedrejadas; tu, pois, o que dizes?

Ele nada disse, apenas inclinou-se e escrevia no chão com o dedo.
Eles insistiram até Jesus se levantar e enfim dizer:

Quem de vocês não tem pecado, seja o primeiro a jogar uma pedra!

E inclinando-se novamente voltou a escrever no chão.

Os escribas e fariseus por sua vez, com tal resposta acusados pela própria consciência foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos...

Jesus ergue-se e não vendo mais ninguém além da mulher pergunta:

-Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?

Ela respondeu:

- Ninguém Senhor! Então lhe disse Jesus; nem eu te condeno, vá e não peques mais.


Neste caso da mulher adúltera que deveria segundo a lei ser apedrejada e a interferência de Jesus em sua defesa apesar de sua culpa podemos concluir que:

A mulher havia infringido o sétimo mandamento.
Foi apanhada em flagrante.

Logo segundo a lei deveria ser apedrejada, isso é o que a promotoria alegou! (Lev. 20.10)

Sendo que tentavam passar a defesa de tal mulher para Jesus, poderia ele dizer:

Não foi ele quem apanhou a mulher em flagrante descobrindo seu pecado; portanto não tinha nada a ver com tal caso, sendo assim jamais entraria em contradição com a lei .

Jesus andava ensinando as multidões sobre como deviam proceder, e os fariseus (promotoria) baseados nisto, na lei de Moisés e na servidão a Roma tramaram contra Jesus, seu objetivo não era a justiça em si e sim fazer Jesus infringir a lei, tendo assim um motivo para acusá-lo. (João 8.6) Muito embora eles mesmo estivessem pecando contra a própria lei usando de falsidade com Jesus. (Lev, 19.11,12)

Não estava presente no flagrante de adultério, logo segundo a lei não poderia manifestar-se, assim como no caso do tributo a César (Mt 22.17-22), negou-se a servir de juiz pois o caso já estava resolvido pela lei.

Voltando ao caso, se Jesus dissesse que ela não tinha pecado, iria de encontro com a lei e a moral, seria acusado de ser transgressor dela, se mandasse que a apedrejassem, seria acusado pelos romanos de usurpador do direito de matar e punir os criminosos (João 18.31) [ era uma disposição usual nos países ocupados por Roma, talvez para proteger aqueles que apoiavam Roma. Todavia os judeus nem sempre eram tão obedientes assim, somente quando lhes era conveniente.]

Além de tudo o acusariam de ser incoerente quanto ao seu ensino sobre o perdão e o condenariam como contraditor.

Ele ainda podia perguntar onde estava o homem, já que foi um flagrante, pois segundo a lei os dois deveriam ser mortos!

Mas ele vinha agindo como Mestre! E agora mestre?

Ele deu uma resposta sem falar!

As vezes uma resposta sem palavras, através do silêncio é a solução. Porém, isso não é fácil, há que se ter muito equilíbrio interior, domínio próprio, um fruto do Espírito.

Muitos falam quando deviam estar calados, e calam quando deviam falar!

Os fariseus apressados em resolver a situação insistem, mas com a resposta de Jesus o que se segue é remorso e fuga, indícios de culpabilidade por parte da “promotoria”.

Jesus falou e tornou a escrever no chão, dando tempo para que suas consciências despertassem para o fato de que o que queriam não era agir com justiça e sim com malícia, logo impressionados:

Sou mentiroso, sou hipócrita, sou arrogante, sou orgulhoso...
Aquele que não tiver pecado...
Saíram...

Na juventude de Espírito há falta de prudência, discernimento e reverência, devido a imaturidade e pouca vivência.

Na velhice de Espírito sobra a crítica amarga, a acusação, a implicância; tornam-se inspetores indesejáveis.

Ah, ainda devemos atentar para o fato de que para falarmos de perdão devemos falar de arrependimento, se perguntarem ao casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, se estão arrependidos, dirão que não tem do que se arrepender, pois afirmam não terem feito nada, logo:

Talvez seja melhor escrever no chão e esperar o resultado, visto que não fazemos parte do Júri.