quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pr. Marcos Feliciano e Eduardo Costa?

Última postagem: AUNÇÃO DA URINA.





Pr. Marcos Feliciano e Eduardo Costa, Balançando os Corações.
Para analisar (não asnalisar*) a luz da Palavra e coerência com a atualidade Evangelho X Mundo!


“Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo”. João 12: 46 e 47



Para escrever a matéria em questão, precisamos voltar no tempo para elucidar a alegria do Ministério Tempo de Avivamento, especialmente do Pr. Marco Feliciano, no que diz respeito a mais um encontro com o cantor Eduardo Costa.



Em fevereiro deste ano ocorreu o primeiro encontro entre o pastor Marco Feliciano e o cantor Eduardo Costa, na igreja Despertar da Fé, em Belo Horizonte. Na ocasião, Eduardo Costa comentou que já tinha visto alguns DVDs de pregação do pastor. “Foi um grande prazer encontrar o pastor Marco, um homem de Deus que já conhecia por meio de diversas de suas mensagens em DVD”, disse Eduardo na ocasião. No dia, ficou combinado entre os dois que ambos cantariam na gravação do DVD Ao Vivo em Goiânia do cantor sertanejo.



O tempo passou e chegamos no início da madrugada do dia 16/07, onde o pastor Marco Feliciano estava em casa, com sua família, após a realização de mais um culto na Igreja Catedral do Avivamento, em Orlândia/SP, quando recebeu uma ligação.



“Pastor Marco Feliciano, boa noite. Aqui é o Du (Eduardo Costa), tudo bem? Estou em Morro Agudo (cidade vizinha de Orlândia) realizando um show e gostaria de cantar com o sr. aquela música faz um milagre em mim. O sr. pode vir aqui cantar comigo?”, finalizou Eduardo Costa.



“Quando recebi a ligação fiquei assustado. Não esperava que ele estivesse ao lado da minha cidade, muito menos que me convidasse para cantar com ele em seu show. Salvo engano tinha 6 mil pessoas no Parque Permanente de Exposições”, comentou o pastor Marco.



Sem hesitar, o pastor Marco Feliciano foi ao encontro de Eduardo. Chegando ao palco, que em poucos minutos seria transformado em um altar de adoração, outra surpresa; uma calorosa recepção de todos os presentes para com o pastor Marco. “É comum e até natural que no meio evangélico sejamos conhecidos, mas no meio secular, não esperava. Quando entrei, ele fez as considerações finais e disse que quando chegasse em casa oraria em nome de Jesus para Deus abençoar as pessoas que lá estavam”, lembrou o Pr. Marco.



O primeiro acorde já soava, os agradecimentos se findavam, quando os dois abraçados falaram a primeira frase: “como Zaqueu, eu quero subir”. Pronto, o louvor tinha se iniciado com milhares de vozes, sem exceção, todos cantando a música interpretada pelo cantor Régis Danese, também amigo do pastor Marco.



“A música faz um milagre em mim é linda. Tenho certeza que o pastor Marco Feliciano é o maior pregador do planeta. Quando esse homem fala, meu Deus, sinto o algo diferente. Ele é um amigo e meu pastor; ele faz a diferença. Agradeço por ter aceitado meu convite”, comentou Eduardo Costa.





“Estamos acostumados ver as pessoas cantando louvores em igrejas, casas e shows evangélicos, mas não em rodeios. Vi pessoas chorando e muitas cantando a canção com toda força da alma. O ambiente ficou diferente e tenho certeza que a noite marcou a vida de muitos; certamente naquela noite Jesus Cristo, único mediador entre Deus e os homens, entrou na casa e na vida de muitos, verdadeiramente mexeu com as estruturas e sarou todas as feridas. Que Deus abençoe a vida do Eduardo dia após dia, em nome de Jesus”, finalizou o pastor Marco.



Fonte: http://www.marcofeliciano.com.br/site2007/materia.asp?MA_ID_MOD=863&CAT_ID_MOD=3


Para ver o vídeo no You Tube:
Eduardo Costa e Pr. Marcos Feliciano - Faz um Milagre em mim




Que dizer:

Alguém poderá dizer que isto é uma benção, que assim como Paulo devemos nos fazer de tudo para com todos para de alguma forma ganhar alguns...

Ressalto porém o tipo de mensagem passada pelo referido cantor, sendo que faz apologia a traição, bebedeiras e uma vida pecaminosa. 

Dirão que Paulo discursou no Areópago entre gregos filósofos epicureus e estóicos, porém quero recordar que na ocasião o convidaram para tal e não havia ali ninguém além dele expondo suas ideologias.

Digo porém que ele foi convidado por esses filósofos para ser o centro das atenções e aproveitando-se da situação ele expôs então a sublimidade do Evangelho de Cristo, desviando toda e qualquer atenção de sobre si, como sempre fazia. Diferentemente dos “Show-Mans” gospel da atualidade. Além disso, Paulo fala que se fez de tudo para com todos.

Fez-se, todavia não vivia como tais pessoas. A problemática dos “Show-Mans” da igreja reside no fator “estilo de vida”, que eles insistem em dizer que é pura “estratégia missionária”. Não encontro; não imagino, e não detecto os apóstolos do Senhor Jesus Cristo participando dos cultos pagãos, dos sacrifícios a baalins para então no final de tudo abraçar-se com os sacerdotes pagãos e dizer:

- Minha gente é uma benção estar aqui, tem uma canção que faz parte da tradição de Israel e que é uma benção, e como todos vocês conhecem; vamos cantar juntos e louvar ao Senhor e tenho certeza que isso servirá de bênçãos para vocês. Mas antes de um grito para Ele (Deus) saber que você está aqui.


O que questiono principalmente é a intenção de tal ato, posto que  Marco Feliciano em uma de suas mensagens intitulada: Anjos, Adoradores no Céu e Guardiões na Terra, critica “veementemente o programa de calouros do Raul Gil que estaria dando oportunidades a cantores evangélicos, e que segundo ele Deus havia lhe revelado que isso tudo era na verdade um engodo de Satanás, e tomando como exemplo ele usou o jovem cantor Robinson da igreja do Evangelho Quadrangular que ganhou o programa e nas palavras do próprio Marco Feliciano estaria na época “cantando para o mundo”, fazendo uso de outros nomes que flertaram com o mundo secular e acabaram por envolver-se completamente como o vocalista da Banda Mamonas Assassinas, Elvis Preslei ele eloquentemente vociferava:
- Não venda seu dom!

Ou seja segundo suas próprias palavras o cantor Eduardo Costa seria um cantor mundano e portanto "trevas."
 
Então dentro da concepção do próprio Marco Feliciano seria o mesmo que unir luz e trevas!!!

Não há possibilidades. Não há como luz juntamente com as trevas produzirem luz (partindo do pressuposto que em tal encontro haja luz e trevas), haverá no máximo uns reflexos sombreados. Luz é para brilhar em meio às trevas não associar-se com elas.

Aí você diz que é isso exatamente o que houve por lá! Luz brilhando em meio as trevas! Eu digo; será?

Lembre-se que essa reflexão origina-se nas palavra do Marco Feliciano sobre o assunto musica secular e evangélicos!

João 15.18,-21 - Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.

Mano querido lhe falo com convicção da alma e é claro muita base na Palavra, esses “Show-Mans” que existem por aí desconhecem a doutrina do Senhor Jesus. Eles não ganham as almas das grandes figuras do mundo, porém ganham sua confiança e simpatia, nada mais é do que troca de conveniências. Eu tenho pessoas mui queridas que não evangélicas e tenho contato com elas, mas não sou participe das suas obras, procuro ter sua amizade e simpatia até o momento em que não prejudique o Evangelho de Jesus Cristo na minha vida e na de quem nos rodeia, sou amigo até o momento em que minha fé continua pura, não posso misturar as coisas.

Amigos, amigos; fé a parte!

Já pensou Paulo em casa orando, de repente batem a sua porta. Então seu Paulo, é o seguinte, César está entretendo o povo na arena com algumas diversões teatrais, ele deseja que o Senhor esteja lá para no fim do entretenimento “cantarem juntos” um Salmo de Davi.

O que será que Paulo diria?


Encerro dizendo que para mim Eduardo Costa é simplesmente um cantor de letras que aborrecem a minha paciência, ofendem a moral e os ensinos bíblicos...

A minha opinião é a de que hinos sacros, são aqueles que são cantados por toda a congregação, tais como corinhos e hinos da harpa. (minha opinião)

O que passa disso para mim é música, algumas são de boa qualidade outras não, algumas tem conteúdo aproveitável outras não, algumas falam de Deus outras pensam falar de Deus, e assim vai...

Gosto das musicas antigas da Lauriete, do Elias Silva, das do Vitorino Silva, do 1º Cd do Diante de Trono,
de muitas do Voz a Verdade, do Capital Inicial, do Nenhum de Nós...

Para mim são todos ótimos cantores, mas cá entre nós, eu pago para ver um show como o último que fui do Nenhum de Nós e não pago para ver os que se dizem evangélicos, mas não mesmo!
 
Agora o Marco Feliciano e o Eduardo Costa, esses eu pago prá não ver!

sábado, 12 de setembro de 2009

A UNÇÃO DA URINA.












Não, meu caro leitor, você não está lendo errado não!

É isso mesmo, agora numa "nova revelação" Gizuis mostrou a um de seus fiéis seguidores um tipo de unção poderosa!

Sim, depois que um grupo de cristãos liderados pelo seu pastor alugou um helicóptero e com dezenas de litros de óleo saíram sobrevoando a cidade com o intuíto de "ungí-la" a fim de que os números sobre a violência diminuissem na cidade e então com uma caneca aqui e outra acolá saíram "ungindo a cidade", (cf. http://webbethel.com/gondim09.htm) acontece algo de natureza no mínimo duvidosa (pavorosa?)

Se pensava que não tinham mais nada para inventar enganaram-se, olha só essa matéria.


Encontrei no link




Ungir com Urina:

- Você já viu algum ensino no Novo Testamento para demarcar território com urina? Pois é, no mundo animal é comum em algumas espécies demarcar o seu território pelo odor da urina. Agora, imaginem Jesus e os apóstolos urinando pelas cidades de Israel...

Foi veiculada recentemente que um grupo religioso em Londrina, que se autodenomina "profetas e apóstolos", consumiram litros e mais litros de água para demarcar toda a cidade com o cheiro fétido de suas urinas.

Foi uma pena a polícia não os ter pegado em flagrante, por crime descrito no direito penal, contra os costumes como atentado violento ao pudor. Biblicamente, quando um pecado (como este) se torna público, o pedido de perdão deve ser público

também.

Acontece que tais líderes não demonstram o mínimo de arrependimento em suas ações deploráveis e anticristãs, praticando-as e ensinando-as pelo seu mal exemplo como se fossem verdades bíblicas. E por falta de maturidade espiritual muitos seguem ou imitam tais líderes.Pastores e demais líderes evangélicos começam a demonstrar preocupação diante das extravagâncias que estão surgindo nos púlpitos brasileiros.

A cada dia que passa surgem novas práticas anti e extrabíblicas.

Não uso, como alguns, o eufemismo de classificar esses descaminhos de “modismos”.

Coloco-os no rol das heresias. As críticas que antes corriam apenas à boca pequena, agora tomam corpo e são divulgadas em sites de expressão. A Igreja Evangélica já não pode calar diante de tamanha irracionalidade. Não desejamos ser julgados pelo pecado de omissão.

O povo brasileiro precisa saber que tais tolices, como a seguir exemplificamos, estão à margem do evangelho que nos foi ensinado por Jesus.


Na verdade, se trata de um outro evangelho.


Em detrimento da Palavra, multiplicam-se os púlpitos festivos.

Encenações inusitadas, objetos ungidos e mágicos, entrevistas com demônios, amuletos, “mercadorias” diversas, tudo é válido no desvario em que se envolvem pregadores e ouvintes.

A impressão que se tem é que o evangelho, da forma que foi anunciado pelos apóstolos nos primeiros tempos, já não serve para os dias atuais.


Falar de pecado, arrependimento, perdão e santidade se tornou antiquado, obsoleto, repreensível.


É preciso entreter os ouvintes, apresentar uma nova atração a cada semana, tudo semelhante ao que vemos na sociedade consumista.


Mas o que é preciso mesmo, e com urgência, é botarmos a boca no trombone e denunciar o que estão fazendo com o evangelho.

Ovelhas há que já perderam a noção do que é ser cristão.


Não sabem sequer por que Jesus morreu.


Têm o dízimo como meio de obter bênçãos espirituais e materiais.


Não conhecem o evangelho da renúncia, da resignação, do sofrimento, do carregar a cruz, do contentar-se com o pouco.


Certa vez conversando com um jovem neopentecostal, ele disse: “Se sirvo a Jesus, quero ser rico, ter uma boa casa e carro importado”.

Os anos se passaram e nada disso aconteceu.

Ele e seus pais pararam de ofertar e estão com a fé em declínio.

É o que está acontecendo: gazofilácios cheios, pessoas vazias.

O pai desse jovem me revelou que entrou nessa porque acreditou nas entrevistas que falam de riqueza fácil.

Agora ele percebe que os que estão mais pobres não são convidados a falar de sua pobreza.


Mais incrível é o uso de urina para demarcar território.

Essa você não vai acreditar. Está no referido endereço. Em Curitiba, um grupo de irmãos, liderado pelo pastor da igreja, entendeu que deveria demarcar seu território com urina, como fazem os leões e lobos.

Após beberem muita água para encher bem a bexiga, seguiram para pontos estratégicos da cidade e passaram a URINAR.

Quando li a notícia, pensei que a palavra estivesse errada. Talvez fosse REUNIR.


Mas era urinar mesmo.


Foram horas e horas urinando.


O comboio de veículos parava em pontos preestabelecidos, e, ali, a um sinal, um deles aliviava a bexiga. Ora, esse tipo de lógica poderá levar irmãos a situações mais degradantes ainda. Degradantes, patéticas e irracionais.

Algum irmão desse grupo poderá descobrir que determinada espécie animal demarca seu território com suas próprias fezes.

Certamente não atentaram para o contido no Art. 233 do Código Penal que trata da prática de “ato obsceno em lugar público”, e estipula a pena de detenção de três meses a um ano, ou multa. A jurisprudência indica que a micção em lugar público configura o crime previsto no referido Artigo, ainda que não haja intenção de vulnerar o pudor público.

Pelas perguntas e respostas a seguir é possível comparar o evangelho de ontem com o de hoje. Após ouvirem a pregação de Pedro, muitos, compungidos, perguntaram:


“Que faremos?”


Pedro respondeu: “Arrependei-vos”, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo” (At 2.37-38).


A resposta, hoje, seria:


“Participe das campanhas, faça o sacrifício do dar tudo, e seja próspero”.


Atendendo à curiosidade de Nicodemos, Jesus disse:


“Quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3).


A resposta no outro evangelho:


“Seja dizimista fiel”.

Se alguém perguntasse a Tiago o que deveria fazer para livrar-se dos encostos, ele prontamente diria:


“Sujeitai-vos a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).


A resposta do evangelho festivo seria:


“Use sal grosso, sabonete de descarrego, vassouras, fitas, colares, cajados, pedras, e seja dizimista fiel”.


Se o pecado do rei Davi – adultério e co-autoria num homicídio - fosse nos dias de hoje, a culpa seria do encosto que estaria nele.


Uma série de exorcismos, cinqüenta quilos de sal grosso, uma dúzia de sabonetes seriam necessários para pôr o encosto em retirada.


Às indagações sobre como ter o necessário à vida, Jesus respondeu:


“Não pergunteis que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos. Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Lc 12.29,31).


A resposta no evangelho da prosperidade: “Toque no lençol mágico”.


O Apóstolo Paulo confessa que “orou três vezes ao Senhor” para que o livrasse de um espinho na carne.

Mas o Senhor, em vez de atendê-lo, respondeu:


“A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.


Reconhecendo a vontade soberana de Deus, Paulo se conforma e continua com seu espinho.

E declara:


“Portanto, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas”, pelo que “sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Pois quando estou fraco, então é que sou forte” (2 Co 12.7-10).


A orientação para esses casos, nos púlpitos festivos, é a seguinte:


“Exija de Deus seus direitos”.


Sofredores como o Apóstolo, o servo Jó e muitos outros desconheciam esse caminho “legal” para exigir direitos assegurados.

Com relação à substituição do "pedir" pelo "exigir", como fazem alguns neopentecostais, vejam o seguinte. Pedir, do grego aiteõ, sugere a atitude de um suplicante que se encontra em posição inferior àquele a quem pede.

É esse o verbo usado em João 14.13


– “E tudo quanto pedirdes em meu nome...” – e 14.14


– “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”.


“Pedir”, do grego erõtaõ, indica com mais freqüência que o suplicante está em pé de igualdade ou familiaridade com a pessoa a quem ele pede, como, por exemplo, um rei fazendo pedido a outro rei. “Sob este aspecto, é significativo destacar que o Senhor Jesus NUNCA usou o verbo aiteõ na questão de fazer um pedido ao Pai”, por ter dignidade igual Àquele a quem pedia. (Jo 14.16; 17.9,15, 20 – Fonte: Dic. VINE).

Por essas e outras, há muita gente confundindo alhos com bugalhos.

Repassa-se a idéia de que crente não deve chorar nem passar por qualquer tipo de sofrimento.


Crente deve ser próspero.


A verdade, por muitos desconhecida, é que a fidelidade a Deus não nos garante uma vida livre de dores, aflições e sofrimento. Dizer que aos crentes e fiéis dizimistas está garantia uma vida de flores, sem lágrimas, sem luta espiritual, sem aperto financeiro, é conversa para boi dormir. Jesus disse que seus seguidores deveriam carregar sua própria cruz, caminhar por um caminho apertado e passar por uma porta estreita.


No mundo tereis aflições; na verdade todos os que desejam viver piamente em Cristo padecerão perseguições” (Jo 16.33; 2 Tm 3.12).


Era da vontade de Deus que Paulo pregasse o evangelho em Roma.

Apesar de sua fidelidade a Deus, os caminhos lhe foram difíceis. Enfrentou provações várias, naufrágio, tempestade, prisões.


Não podemos fazer ouvidos moucos à zombaria e piadas em torno desse “outro evangelho”. As pessoas tendem a nivelar todas as Igrejas Evangélicas pelo que vê na televisão, ou pelo que vê num ou outro culto.

Eu pensaria da mesma forma se não fosse evangélico.


É preciso esclarecer a opinião pública sobre o que diz a Bíblia a respeito de cada nova idéia extravagante.

Que se façam ouvir as vozes e o protesto dos líderes que defendem a pregação de um evangelho livre de heresias e irracionalidade. Sem conhecer a verdade bíblica se torna difícil detectar as heresias.

Ouça este conselho: não coma pela mão dos outros, mas examine você mesmo se o que o seu pastor prega está de acordo com a Palavra.

Se você não estiver devidamente preparado para esse exame, consulte outros irmãos.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

JERÔNIMO SAVONAROLA, O JOÃO BATISTA DA IGREJA PROTESTANTE.





Jerônimo Savonarola,
o João Batista da
Reforma Protestante

Florença (cidade da Itália), novembro de 1491. O grande sino da Catedral de Duomo acaba de bater meia-noite.
Após distender pela décima segunda vez a corda para produzir a última badalada, do alto da torre um homem põe-se a observar as sombras que chegam de várias direções e se reúnem no centro da praça ou sobre os degraus da catedral.
São pessoas que vêm dormir ali para, no dia seguinte, garanti­rem um lugar no interior da grande Duo­mo.
- Celebrar-se-á casamento de nobres?

Algum rei será coroado?

O Papa visitará a catedral?

- Não.

Jerônimo Savonarola vai pregar.

O homem que observa do alto da torre sabe que o quadro social e espiritual da Florença do tempo de Savonarola é quase o mesmo em toda a Itália: o luxo, a ostenta­ção dos ricos em contraste com a miséria dos pobres, a iniqüidade dos homens, as violações dos direitos humanos, os adulté­rios, a idolatria, as blasfêmias e a decadên­cia da dominante Igreja Romana, cheia de vícios e pecados.
Por este motivo, já há al­gum tempo Savonarola tornou-se no púlpi­to uma tocha ardente e cheia de indigna­ção, um João Batista precursor de uma re­forma religiosa que se avizinha.


Alicerçado no Evangelho, prega com tanto fervor e tão cheio do Espírito, que suas palavras são como espadas nuas, destramente maneja­das contra o pecado, setas de fogo lançadas ao centro dos corações corrompidos.

E toda a Florença acorre para escutar, deslumbrada e temerosa, os sermões de Jerônimo, que em seus juízos corajosos e feri­nos não livra nem mesmo os nomes do re­gente da cidade e do Papa, principais res­ponsáveis pela devassidão do povo e da Igreja Romana.


Jerônimo Savonarola nasceu na cidade italiana de Ferrara, no ano de 1452.
Seus pais queriam que ele ocupasse o lugar de seu avô paterno, que era médico na corte do Duque de Ferrara.
Porém o estudo das obras de alguns teólogos e, sobretudo a contínua leitura das Escrituras desviaram-no da Medicina e inclinaram o seu coração para os caminhos de Deus.
Quando tinha 22 anos de idade, o desprezo dos Strozzi - uma orgulhosa família italiana que não o achou digno de desposar uma de suas fi­lhas, e a decadência espiritual da cidade de Ferrara levaram-no a fugir para Bolo­nha, a pé.
Nessa época seu entendimento já fora dilatado pelas verdades divinas, e ele aprendera a orar. Essa conversação es­piritual com Deus abrandou a amargura e a desilusão de sua alma.
E o Senhor suave­mente se foi apossando do seu coração.
Em Bolonha erguiam-se os altos muros do Convento de São Domingos.
Ali Savonarola se apresentou impelido pelo desejo de abraçar a vida monástica. Porém não se achava digno de ser monge, e por isso pe­diu que o aceitassem como um dos encar­regados da limpeza do convento.
Mas logo suas grandes virtudes pessoais o distingui­ram. Como uma fonte que mansamente nasce o desejo de continuamente estar na presença de Deus brotara no seu coração, e agora era como um grandioso e indomável rio, que livremente corre para o mar.

Savonarola era humilde, obediente e sincero.

O tempo que lhe sobrava, após as várias ocupações, empregava-o na literatu­ra, na oração e na contemplação da sublimidade do amor de Deus. Ao acordar pela manhã, elevava o seu coração em súplicas, ofertando ao Senhor as primícias do dia, e pedindo-lhe que estivesse sempre com ele.

Os superiores do convento passaram a ver naquele rapaz um futuro grande ho­mem da Igreja. Sua inteligência e, sobretu­do seu fervor religioso levaram esses ho­mens a não medirem esforços para comple­tar sua formação intelectual e religiosa.
O moço tinha sempre o coração cheio de fé, a alma livre das paixões humanas, e o pensa­mento continuamente ocupado com o amor de Deus.
"Senhor, não reine em mi­nha alma outro além deli!" - pedia ele em suas orações.

O lugar onde se prostrava ho­ras a fio em oração, ficava geralmente mo­lhado de suas lágrimas.

Seu admirável progresso nos estudos valeu-lhe a nomeação de professor de Filo­sofia, função que exerceu até a data de sua transferência para o convento de Ferrara.

“Ao chegar ali, dentro dos silenciosos muros do mosteiro de sua cidade natal, entregou-se com mais assiduidade ao jejum” à ora­ção e ao estudo da Palavra de Deus, pois desejava alcançar o que sempre fora a mais ardente aspiração de sua mocidade: tor­nar-se um inflamado pregador, um arauto do Céu a anunciar, face á impiedade do povo, que o dia da vingança do Senhor es­tava próximo.

Porém suas primeiras tenta­tivas de pregar em Ferrara resultaram em fracasso. Não acostumado a ouvir pregações que denunciassem e reprovassem abertamente os seus pecados, o povo de Ferrara não deu a menor atenção às pala­vras daquele moço que se propunha a ser "o chicote do Senhor".

Jerônimo foi obri­gado a dedicar-se inteiramente à instrução dos noviciados, repetindo para si mesmo as palavras de Jesus:
"Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua ca­sa" (Mateus 13.57).

Porém os sete anos que passara no con­vento de Bolonha e as pregações que fizera ali haviam confirmado que Deus o usaria nos púlpitos das maiores catedrais da Itá­lia, e seus ataques formidáveis contra a corrupção do povo e da Igreja Romana pre­parariam em toda a Europa o caminho para a futura Reforma Protestante.

Insatisfeito com a pequena repercussão que suas pregações haviam obtido entre os ouvintes que freqüentavam a igreja do con­vento de Ferrara, Savonarola desejou ar­dentemente mudar-se para a mais desta­cada cidade do Renascimento: Florença. Ali foi muito bem recebido pelos religiosos do Convento de São Marcos.
Naquela época, Florença cultuava a beleza da pintura, da escultura, da poesia e da oratória.
Os oradores discursavam preocupados em tornar a frase pomposa, rica e elegantemente floreada.
Além do mais, para se triunfar no púlpito ou na tribuna, era necessário possuir boa estatura física, além de bela aparência, e fazer uso de atitudes elegantes.

Savonarola era a antítese de tudo isto: alto, magro, nariz grande, lábios grossos, boca imensa, atitu­des desgraciosas e enérgicas.

Porém estas desvantagens físicas não impediram que ele se tornasse o maior pregador de sua época.
O intenso brilho dos seus olhos azuis impressionava a todos os que o contempla­vam. Parecia que ele estava sempre a que­rer olhar dentro das almas, ou a contem­plar os longos rumos ocultos, os largos iti­nerários dos corações.

Savonarola começou a pregar em Florença seguindo um estilo diametralmente oposto ao dos oradores da época, desper­tando assim a curiosidade de muitos, ini­cialmente para a sua maneira de usar da palavra, depois para a significação do que dizia.
Rejeitando as burilações retóricas, numa linguagem espontânea e enérgica, pregava diante de uma assistência cada vez mais admirada do seu modo direto de ir ao assunto.
Impressionava a todos o fer­vor de suas palavras.
Através das pregações, Savonarola foi conquistando a cidade de Florença.
No tempo em que os rijos ventos do pecado so­pravam sobre as vidas conturbadas e escu­ras dos florentinos, sua voz fez com que a Palavra de Deus brilhasse cada vez mais clara e resplandecente, nos corações.

Oskar Von Wertheimer observou que "suas pregações produziam um efeito indescrití­vel, acontecendo freqüentemente aos que as copiavam declararem, à margem dos ma­nuscritos, haver-lhes o entusiasmo ou as lágrimas impedido de continuarem a es­crever".

Falando, certa vez, no púlpito da Cate­dral de Florença, Savonarola disse que em breve morreriam o Papa Inocêncio VIII e Lourenço de Médicis, e que a Itália seria invadida por Carlos VIII, da França.

Esses vaticínios iriam ser confirmados posterior­mente, aumentando o seu prestígio diante do povo.
Ao saber dessas previsões, o Go­vernador Lourenço de Médicis, furioso, or­denou a alguns nobres de Florença que procurassem mostrar a Savonarola que suas profecias punham sua vida em perigo.

O pregador escutou-os friamente, e em se­guida mandou dizer a Lourenço que ele de­via se arrepender dos seus pecados.

Lou­renço concluiu que não conseguiria im­pressionar o monge através de ameaças, e tratou de conquistar-lhe a simpatia.
Savo­narola era então Prior do Convento de São Marcos, e não se impressionou diante dos muitos favores que o governador subita­mente passou a fazer àquela comunidade religiosa.

Apercebendo-se da inutilidade de seus métodos, e vendo que Savonarola conti­nuava a atacar sua vida tortuosa e desre­grada, Lourenço resolveu fazer calar o grande pregador utilizando-se de sua pró­pria arma: a oratória.
Encarregou Frei Ma­riano de Gennazano, um dos maiores ora­dores sacros florentinos, de pronunciar al­guns sermões contra o Prior do Convento de São Marcos.

Foi à grande vitória da ora­tória sem artifícios sobre a oratória artificiosa.
Savonarola impressionou o povo e venceu Frei Mariano fazendo uso de uma eloqüência espontânea e simples.

Tempos depois, Lourenço de Médicis mandou cha­má-lo. Estava à morte. Ao vê-lo, disse o go­vernador:

"Mandei chamá-lo por ser o se­nhor o único monge honrado que conheço." Na conversa que tiveram sobre salvação, discordaram em alguns pontos, e Savona­rola, depois de muito insistir, retirou-se, deixando o moribundo "a sós com Deus e sua consciência".

Com a morte de Lourenço, o não menos corrupto Pedro de Médicis ocupou o seu lugar. Savonarola redobrou sua campanha em prol da regeneração dos costumes.

Sob os efeitos produzidos por suas pregações, ladrões e usuários procuravam regenerarem-se, mulheres abandonavam o luxo e muitos fugiam à devassidão, almejando viver se­gundo os preceitos bíblicos.
Sempre com a Santa Palavra nos lá­bios, o grande homem de Deus ia pregando com simplicidade, e mudando, espantosa e radicalmente, os costumes do povo italia­no.
Às vezes surgiam em suas pregações metáforas como esta:
"Deixam o ouro pelo cobre, o cristal pelo vidro, as pérolas pelo barro, os que pelo barro do mundo, pelo vi­dro da vaidade e pelo cobre destes bens profanos e transitórios desprezam o ouro maciço, o cristal puro e as pérolas do amor de Deus e dos bens eternos."
Nem mesmo o clero escapou de sua sin­ceridade, que não conhecia limites. Savonarola atacou frontalmente os vícios dos religiosos de sua época:

- "Se vós soubésseis as coisas repugnantes que eu sei!" - dizia ele diante da multidão que o ouvia surpresa.
E então, corajosamente, sentava a igreja dominante no banco dos réus e a julgava:

"Vem cá igreja infamada! Ouve o que te diz o Senhor. Dei-te formosas vesti­mentas, e tu exerceste com elas a idola­tria.
Com os vasos preciosos tens alimenta­do o teu orgulho, tens profanado o que an­tes era sagrado; a sensualidade te precipi­tou na vergonha.
És pior que uma besta; é um monstro repugnante...
Ergueste uma casa de imoralidade e te converteste, em toda parte, numa casa de perdição. Tomaste assento no trono de Salomão e passaste a atrair o mundo às tuas portas:
“Quem tem dinheiro entra, e pode fazer tudo o que quer, mas quem não tem di­nheiro, mas deseja o bem, é desconsiderado e expulso."


Esse julgamento chegou ao conheci­mento do próprio papa Alexandre VI su­cessor de Inocêncio VIII, e um dos maiores responsáveis pelas desordens clericais.

Já há algum tempo os sermões de Savonarola vinham incomodando o Papa, que procu­rou lançar mão de todos os meios possíveis para fazer o monge calar.
Travou-se então uma luta ferrenha, que culminou na exco­munhão, prisão, tortura e morte de Savo­narola.

Antes, sua sinceridade e guerra decla­rada à devassidão, desonestidade e hipo­crisia já o haviam indisposto seriamente com alguns dos grandes senhores da Itália.
Um dos casos mais sérios ocorreu durante uma de suas pregações em Bolonha, quan­do a mulher de Bentivoglio, um dos ho­mens mais importantes dessa cidade, en­trou na igreja provocadoramente, com o intuito de perturbar o pregador e fazê-lo perder o curso do sermão. Imediatamente, e sem medir conseqüências, Savonarola bradou do alto do púlpito:

- Vede aí, irmãos,_eis o demônio que vem perturbar a Palavra de Delis.

A frase ecoou por todo o recinto como uma chicotada.
Imediatamente os guardas de João Bentivoglio empunharam as espa­das e investiram contra o pregador, mas fo­ram interceptados pela maioria dos que ouviam a pregação.
Savonarola escapou - milagrosamente de morrer naquele instan­te.
Mas, apesar dos conselhos que lhe de­ram para que fugisse imediatamente de Bolonha, ele permaneceu na cidade até pronunciar o seu último sermão ali, quan­do, no mesmo lugar onde o haviam amea­çado de morte, falou desafiadoramente:

- Partirei esta tarde para Florença, sem outra companhia além do meu bordão de peregrino. Alojar-me-ei em Pianora. Se al­guém quer ajustar contas comigo, que ve­nha antes de minha partida. Entretanto, eu não morrerei em Bolonha, mas em outro lugar.

Ele sabia que os poderosos não o deixa­riam viver por muito tempo.
Após sua morte, a Itália seguiria o seu caminho de “corrupção e infâmias internas”, mostrando, porém, ao mundo, uma face hipócrita de pureza e religiosidade.
Mas ele sabia tam­bém que não poderia parar de pregar.
Combateria o pecado até momentos antes de ser enforcado e queimado.
E seu exem­plo floresceria no solo da Europa e do mun­do.


Não acreditando que seus auxiliares pudessem ajudá-lo a mudar radicalmente os costumes do povo, Savonarola apelou para a sinceridade dos meninos, que saíam pelas ruas da cidade fazendo batidas siste­máticas, surpreendendo os adultos em ati­tudes pecaminosas, e levando para ser queimado tudo o que conseguissem achar em matéria de enfeites, cabelos postiços, livros e quadros indecentes.

Conta-se que os meninos abordavam as senhoras nas ruas e diziam, cheios de convicção:
- "Da parte de Jesus Cristo, Rei de nossa cidade, nós te ordenamos a abandonar todas essas vaidades."

Savonarola encorajava os me­ninos a prosseguirem com a "Reforma dos costumes".
Sobre imensas fogueiras - as fogueiras da vaidade, como costumavam chamá-las -, obras de arte, jóias, espelhos, livros e toda sorte de objetos considerados pecaminosos eram amontoados e queima­dos.


Quando as tropas de Carlos VIII, rei da França, invadiram a Itália, mais uma de suas profecias se cumpriu.
Isso contribuiu para que a inveja e o ódio do Papa Alexan­dre VI se acendesse contra o monge de ma­neira mais violenta que o fogo ateado sobre as "fogueiras da vaidade".

Além do mais, as palavras chamejantes de Savonarola haviam continuamente atacado Roma e o "Sumo Pontífice", com a mesma energia que sempre combateram a devassidão da época:

- O escândalo começa por Roma e corre por todo o continente. São piores que os turcos e os mouros...
Os sacerdotes vão por dinheiro ao coro, às festividades e ao ofício; vendem as prebendas, vendem os sacra­mentos, negociam com as missas; em uma palavra: tudo fazem pelo dinheiro... Este veneno acumulou-se de tal maneira em Roma, que a França, a Alemanha e todo o mundo se contagiaram; e chegou a tal ponto que é necessário prevenir-se contra Roma. Entre o povo circula uma frase que diz: "Se queres perder teu filho, faze dele um sacerdote!"


O Papa resolveu tomar providências enérgicas contra Savonarola. Primeira­mente dirigiu-se ao governo de Florença, e solicitou-lhe fosse enviado a Roma o mon­ge revolucionário.
O governo florentino de­clarou que não lhe era possível cumprir se­melhante pedido, "não só porque" - disse - "faríamos algo indigno de nossa Repúbli­ca e injusto contra um homem que tem trazido tantos beneficiou à Pátria.
Além do mais, ainda que quiséssemos, não podería­mos fazê-lo sem que houvesse uma revolta popular com grave perigo para muitos, tal e tão grande é o prestígio que esse frade ga­nhou com sua integridade".
Mas o Papa estava disposto a lutar e fazer calar, de uma vez por todas, o "chicote do Senhor".

Do púlpito, Savonarola comentou o inci­dente:

- Chegou de Roma um breve (decisão papal), é verdade. Nele, chamam-me de fi­lho da perdição. Aos que me acusarem diante de vós, queridos irmãos, respondei assim:


"Aquele a quem tu chamas deste modo diz que não possui mancebos nem concubinas, mas apenas prega o Evange­lho de Cristo. Seus irmãos e irmãs espiri­tuais, e todos os que escutavam a sua dou­trina, não andam buscando esses tristes deleites, mas temem a Deus e vivem ho­nestamente".

O Papa anunciou então que Jerônimo Savonarola estava excomungado da Igreja Romana, e utilizou-se em seguida de um meio que se mostraria extremamente efi­caz para arrancá-lo das mãos protetoras do governo florentino: ameaçou confiscar os bens de todos os florentinos residentes em Roma, e boicotar as mercadorias destina­das a Florença.

Nas palavras do historia­dor Alexandre Vicunã:
"O efeito foi mági­co".
"Tanto o embaixador florentino, junto à corte papal, como os comerciantes de Flo­rença, residentes nos Estados Pontifícios, exigiram do Governo de seu país que ace­desse ante a exigência do Papa e entregas­se, de uma vez por todas, o monge rebelde. Por um frade não valeria a pena sacrificar o comércio da República!"

Savonarola foi preso e entregue ao Papa juntamente com seus dois fiéis companheiros, frei Silvestre e frei Domingos, também excomungados. No dia em que o prenderam, esta foi a sua oração:

- "Senhor, eu não peço tranqüilidade, nem que cesse a tribulação; peço-te valor, peço-te amor. Dá-me forças e graça para resistir à adversidade. Eu queria que teu amor triunfasse sobre a Terra. Vês que os malvados se fazem cada dia piores e mais incorrigíveis. É necessário que estendas agora a tua mão poderosa. Quanto a mim, só me restam lágrimas."

Na maior praça da cidade de Florença, uma grande multidão aguarda um espetá­culo.

É noite. O povo florentino está eufóri­co e impaciente. Sobre a fogueira disposta no centro da praça ergue-se uma gigantes­ca forca. Há três laços preparados.

Naque­le local de execução, dentro de alguns ins­tantes, o grande pregador Jerônimo Savonarola e seus dois companheiros de sonhos e lutas serão enforcados e queimados. Ho­mens, mulheres e crianças comprimem-se para assistir à morte de um dos maiores vultos da Igreja.

Alguns meses antes, aque­la mesma multidão vibrava sob o domínio da palavra veemente e cheia de autoridade daquele homem alto e magro, que acabara de chegar ali. Sim.

O grande pregador aca­ba de chegar ao centro da praça.
Nos seus braços e rosto distinguem-se visíveis marcas de tortura.

A multidão silencia por alguns instantes para melhor contemplar sua figura trôpega e sofrida. Após quarenta e cinco dias de tortura e jul­gamento, ele está quase irreconhecível.
Haviam-no maltratado brutalmente.

O seu corpo emagrecido fora queimado com ferros em brasa.
Esticaram seus braços, desconjuntaram suas pernas, dilataram-lhe os músculos, partiram-lhe as veias, distenderam todo o seu corpo no alucinante suplício da roda.
Os que conseguem contemplar de perto sua face pálida e arroxeada, coberta de ci­catrizes que ainda sangram, sentem-se perturbados com o intenso brilho dos seus olhos.

Subitamente a multidão começa a uivar e a aplaudir. Ouvem-se gritos estriden­tes, insultos. O povo delira! Os dois com­panheiros de Savonarola, frei Silvestre e frei Domingos, são obrigados a subir para o alto da fogueira. Ambos também sofreram dolorosos suplícios.
Com movimentos enérgicos, o carrasco faz suas cabeças pas­sarem por dentro dos laços da forca.

A multidão grita furiosamente. Cercado pe­los guardas, emocionado, Jerônimo Savo­narola contempla seus companheiros de martírio e de jornada heróica, cujos corpos agora balançam no espaço! Brilhando serenamente no céu, a lua ilumina seus ros­tos pálidos e transfigurados.

Em poucos instantes, frei Silvestre e frei Domingos es­tão mortos.

Um sacerdote aproxima-se do grande pregador e diz:


- "Vês agora qual será o re­sultado de tua rebeldia?"


Alongando demoradamente o olhar pela vastidão e altu­ra do céu estrelado, Savonarola responde:

- "Muito mais sofreu Jesus por mim."


E não diz mais nada. Instantes depois seu corpo é projetado no espaço.


Finalmente haviam conseguido emudecer aquela voz que, poderosa e indignadamente, comba­tera o pecado.


A grande fogueira começa a arder, envolvendo os três corpos. Seus vul­tos de labareda rompem-se sob o brilho da lua que erra no céu, sonâmbula, coroada de auréolas rubras. Naquela noite, aqueles três homens alcançaram a altíssima paz!


Fonte: Texto extraído do Livro; Eles andaram com Deus de Jefferson Magno Costa.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ALIMENTANDO AS OVELHAS OU DIVERTINDO OS BODES?

Última postagem: Palhaças Macabras do G12





Alimentando as Ovelhas ou Divertindo os bodes? (Charles Spurgeon)


Existe um mal entre os que professam pertencer aos arraiais de Cristo, um mal tão grosseiro em sua imprudência, que a maioria dos que possuem pouca visão espiritual dificilmente deixarão de perceber.

Durante as últimas décadas esse mal tem se desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como o fermento, até que toda a massa fique levedada.

O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em promover entretenimento às pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo.

A igreja abandonou a pregação ousada como a dos puritanos, em seguida; ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, passou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar multidões.

Minha primeira contenção é esta:

- As Escrituras não afirmam, em nenhuma das suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja.

Se esta é juma obra cristã, porque o Senhor Jesus não falou sobre ela?


“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda à criatura” (Marcos 16. 15)

– Isso é bastante claro.

Se Ele tivesse acrescentado:


“E oferecei entretenimento aqueles que não gostam do Evangelho”, isso teria acontecido.


No entanto tais palavras não se encontram na Bíblia.
Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus.
E mais: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres” (Efésios 4. 11).


Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam o entretenimento?


O Espírito Santo silenciou a respeito deles.

Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque se recusavam a fazê-lo? Os consertos de músicas não têm um rol de mártires.

Novamente prover entretenimento está em direto antagonismo com respeito ao ensino e a vida de Cristo e de seus apóstolos.

Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo?

”Vós sois o sal”, não o docinho, algo que o mundo desprezará.

Pungente e curta foi à afirmação de nosso Senhor:

“Deixai aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Lucas 9. 60).

Ele estava falando com terrível seriedade!

Se Cristo houvesse introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis em seu ministério, teria sido mais popular em seus resultados, porque seus ensinos eram perscrutadores.

“Não o vejo dizendo:

- Pedro vá atrás do povo e diga-lhes que teremos um culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas, diga-lhes que com certeza realizaremos esse tipo de culto. Vá logo Pedro, temos de ganhar as pessoas de alguma maneira!”

Jesus teve compaixão dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca procurou diverti-los.

Em vão pesquisaremos as cartas do Novo Testamento a fim de encontrar qualquer indício de um Evangelho de entretenimento.

A mensagem das cartas é:

“Retirai-vos, separai-vos e purificai-vos!” Qualquer coisa que tinha aparência de brincadeira evidentemente foi deixado fora das cartas.

Os apóstolos tinham confiança irrestrita no Evangelho e não utilizavam outros instrumentos.
Depois que Pedro e João foram encarcerados por pregarem o Evangelho, a igreja se reuniu para orar, mas não suplicaram:

“Senhor concede aos teus servos que por meio de prudente e discriminado uso da recreação legítima, mostremos a essas pessoas quão felizes nós somos”.

Eles não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham tempo para arranjar entretenimento para seus ouvintes.

Espalhados pela perseguição foram a muitos lugares pregando o Evangelho. Eles “transtornaram o mundo”.

Essa é a única diferença!

Senhor limpe a igreja de todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e nos traga de volta aos métodos dos apóstolos.

Por último a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados.

Causa danos entre os novos convertidos.

Permite que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram a paz através de um concerto musical.
Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi o elo no processo de sua conversão!
A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros.

A necessidade atual para o ministro do Evangelho é uma instrução Bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz.

A necessidade de nossa época é a doutrina Bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos.
Extraído de: Sermões de Charles Spurgeon; http://www.scribd.com/doc/2896925/SERMOES-DE-CHARLES-SPURGEON

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

PALHAÇAS MACABRAS DO G12

Última postagem: Aprendendo um pouco mais sobre Israel...




 
PALHAÇAS MACABRAS DO G12...

Um ex-feiticeiro enviou estes testemunhos. Hoje, ao revisar links descobri que ele retornou às ligações com as crenças africanas e, diante dos relatos abaixo, só posso temer pela solidez dos "resgates" que muitas igrejas evangélicas fazem: muito show (curas e milagres) e pouco alimento sólido (Bíblia Zero!).

1.Enquanto o pastor pregava um dos membros literalmente urrava!
A estranheza que aquele ato causou a todos fez com que o pastor passasse a repreender igreja por não ter “maturidade” para compreender aquele ato!
Daí todo mundo começou a urrar e se curvar... pessoas jogando-se ao chão!
Decidi me levantar e perguntar aos recepcionistas o que era tudo aquilo:
— Os quatro seres que habitam diante do trono agindo!
— Ah... Bom... Só que lá no terreiro eles tinham outros nomes!
Eu os conheço!
— Quer que oremos pelo senhor?
Diante dessa oferta preferi fugir pela rampa...
2.Este outro ocorreu durante uma sessão de “louvor profético” em Honório Gurgel, no Rio de Janeiro.
Logo na entrada reconheço um casal de “guardas espirituais”, velhos conhecidos meus do terreiro, na recepção e me questiono o que fazem ali se aquilo era uma igreja...
Ao entrar me deparo com pessoas girando e rindo (literalmente) e pergunto o que é.
— O senhor é cristão e não sabe o que é “dançar no espírito"?
Pessoas giravam, riam e se sacudiam pelo salão enquanto um cantor os incitava para que fossem “ridículos para Deus”...
A “energia” era igual à do terreiro que eu freqüentava na época!
Saí e me deparei com uma jovem amparada por outros jovens na rampa externa.
Eles tentavam impedir que ela se projetasse lá do alto durante o transe.
Na época eu ainda via espíritos pela vidência psíquica e os observei tanto fora quanto incorporados, tal qual uma seção de feitiçaria.
Voltei desolado, pois até no terreiro havia mais decência e ordem...
Fonte: O Absurdário Gospel de Teóphilo Noturno de Este Mundo Jaz no Maligno